A economia brasileira apresentou uma desaceleração, registrando um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da desaceleração, o Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — permanece 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no último trimestre de 2019.
Em termos finais, a economia nacional gerou R$ 2,741 trilhões entre julho e setembro, apresentando um desempenho 3,2% superior em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCTN).
Embora positivo, o resultado do terceiro trimestre confirma a tendência de desaceleração da atividade econômica já observada nos três meses anteriores, quando o PIB nacional cresceu 1%, em comparação com o aumento de 1,4% apurado no primeiro trimestre deste ano, impulsionado pelo bom desempenho da agropecuária (+12,5%).
A divulgação também inclui revisões das séries relativas a todos os trimestres do ano passado e dos dois primeiros deste ano, revelando um crescimento menor no primeiro e no segundo trimestre deste ano em relação aos números iniciais.
Em relação aos setores, Indústria (+0,6%) e Serviços (+0,6%) apresentaram avanços no trimestre, enquanto a agropecuária, que impulsionou o crescimento no início deste ano, contraiu 3,3%.
“Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora do estudo.
A agropecuária, por sua vez, registrou uma contração após cinco trimestres com taxas positivas, devido à saída da safra da soja, a maior lavoura brasileira, concentrada no primeiro semestre. Mesmo com a queda esperada, o setor acumula um aumento de 18,1% até o terceiro trimestre.