Os cortes orçamentários efetuados pelo Governo Federal na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que faz parte do Ministério da Educação, estão previstos para causar impactos significativos no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). A pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFPB, Silvana Costa, confirmou que essas restrições orçamentárias terão consequências na instituição, particularmente em relação ao pagamento de bolsas e à continuidade de programas acadêmicos.
Conforme noticiado, o montante dos cortes na Capes alcançará a cifra de R$ 116 milhões. O bloqueio de recursos é uma tentativa do Governo Federal de cumprir as metas orçamentárias estabelecidas para o ano corrente.
Silvana Costa explicou que o IFPB lançou editais para a consolidação de programas, mas esses cortes afetarão o andamento dessas ações. “Os cortes impactarão os programas de concessão de bolsas, bem como as iniciativas relacionadas à internacionalização e à educação básica. Estamos enfrentando atrasos nos resultados de editais já lançados para a consolidação dos programas nota 3, que abrangem principalmente instituições no Nordeste, devido a esses cortes orçamentários”, disse a pró-reitora.
Por ora, não é possível determinar com precisão o montante que o IFPB deixará de receber devido a essas restrições orçamentárias.
A situação é semelhante na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Professor Francisco Jaime, declarou que é prematuro avaliar exatamente os valores que a instituição deixará de receber. No entanto, ele antecipou que alguns programas poderão ser prejudicados. “Ainda não é possível avaliar o impacto individualmente nas instituições, incluindo a UEPB. Os cortes de recursos, naturalmente, afetarão alguns programas, podendo atrasá-los ou até mesmo impossibilitar o seu lançamento. No entanto, não acredito que as atividades em andamento, como o pagamento dos atuais bolsistas, sejam de alguma forma prejudicadas”, afirmou Francisco Jaime.
Em agosto, a Capes já havia enfrentado um contingenciamento de R$ 86 milhões, de acordo com a presidente da Coordenação, Mercedes Bustamante.
