O Ministério Público do Estado da Paraíba, em conjunto com a Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiro Militar, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, realizou nesta quinta-feira (05) a “Operação Indignus”. A operação tem como objetivo investigar possíveis condutas criminosas envolvendo o Instituto São José, o Hospital Padre Zé e a Ação Social Arquidiocesana/ASA, com indícios de desvios de recursos públicos, falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários dessas entidades.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo oito em João Pessoa, um no Conde e dois em São Paulo (SP). A investigação aponta para uma confusão patrimonial entre as entidades e um dos investigados, envolvendo imóveis de alto padrão. As condutas investigadas incluem a prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
A operação contou com a participação de 36 integrantes do GAECO-PB, 28 da Polícia Civil da Paraíba, 8 do GAECO-SP, além do apoio da SEFAZ e CGE, totalizando aproximadamente 72 agentes públicos.
A investigação se originou a partir de denúncias sobre o desvio de telefones celulares de luxo doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, que teriam sido furtados e vendidos, causando um prejuízo de mais de meio milhão de reais. O ex-funcionário da unidade é suspeito de envolvimento nesse esquema.
Como resultado das investigações, o Padre Egídio, então diretor do hospital, renunciou ao cargo, e a Arquidiocese proibiu-o de realizar sacramentos na Igreja Católica até o fim das investigações. Isso inclui a celebração de casamentos, batizados e cerimônias de crisma.
A operação busca esclarecer e responsabilizar os envolvidos nos desvios de recursos públicos e nas práticas criminosas investigadas.