Operação cumpre mandados em João Pessoa, Conde e São Paulo para apurar rombo milionário no Hospital Padre Zé

Uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado, em conjunto com a Polícia Civil, a Secretaria de Estado da Fazenda e a Controladoria-Geral do Estado, iniciou nesta quinta-feira a “Operação Indignus”. A operação tem como objetivo executar mandados de busca e apreensão emitidos pela Quarta Vara Criminal de João Pessoa.

O objetivo é investigar possíveis atividades criminosas que teriam ocorrido no Instituto São José, no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana/ASA, todos localizados em João Pessoa. As informações sugerem desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, envolvendo a falsificação de documentos e o pagamento de propinas a funcionários vinculados a essas entidades.

A investigação indica uma confusão patrimonial entre os bens e valores pertencentes às entidades mencionadas e um dos investigados, com diversos imóveis atribuídos, aparentemente sem meios lícitos de aquisição, muitos deles de alto padrão, decorados e reformados com produtos de marcas caras.

As condutas investigadas incluem, em princípio, os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

Onze mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços de investigados, sendo oito em João Pessoa, um no Conde e dois em São Paulo, SP. Participam da operação 36 membros do Gaeco-PB, 28 da Polícia Civil da Paraíba, oito do Gaeco-SP, além do apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Controladoria-Geral do Estado, totalizando aproximadamente 72 agentes públicos.

As suspeitas de um rombo milionário vieram à tona após um escândalo envolvendo um funcionário do Hospital Padre Zé, que é suspeito de ter furtado mais de 100 aparelhos de telefone celular doados pela Receita Federal à instituição. O prejuízo nesse caso chega a meio milhão de reais. O Padre Egídio, que era o diretor e foi afastado, passou a ser suspeito de conivência, mas não se pronunciou e deixou a cidade.

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