PGR se opõe ao arquivamento de inquérito sobre conduta do Google e Telegram no projeto das fake news

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por 60 dias do inquérito que investiga a conduta de responsáveis pelas plataformas Google e Telegram, envolvidos em uma campanha contra o projeto de lei das fake news. A PGR também se posicionou contra o pedido de arquivamento feito pelas empresas em julho.

A PGR argumenta que a investigação não está estagnada, destacando que há diligências a serem realizadas, com a probabilidade de resolução das questões em análise. A manifestação ressalta que a interrupção precoce da investigação impediria o completo esgotamento das hipóteses investigativas, que vêm sendo progressivamente corroboradas por novos elementos.

Além disso, a PGR argumenta que as investigações precisam ser aprofundadas, defendendo a necessidade de ouvir novamente o Telegram para obter informações sobre o responsável pelas decisões corporativas relacionadas à veiculação das mensagens de conteúdo político no Brasil.

O inquérito foi aberto em maio pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que deu à Polícia Federal um prazo inicial de 60 dias para conduzir a investigação. O pedido de abertura do inquérito foi feito pela PGR, após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, encaminhar uma notícia-crime contra os responsáveis pelos provedores que participaram ativamente de ações contrárias ao projeto de lei das fake news. O Google negou qualquer campanha difamatória contra o projeto e afirmou não ser contrário à criação de leis para regular os serviços de provedores de internet. O R7 tenta entrar em contato com o Telegram.

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